As fraturas do terço proximal do úmero ou úmero proximal, são muito frequentes. É muito comum em dois grupos de pacientes, homens jovens e mulheres idosas. No primeiro grupo está relacionada a acidentes no trânsito e no esporte. No segundo está associada a osteoporose e quedas da própria altura.
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA FRATURA NO OMBRO?
O diagnóstico é feito pela história clínica e exame físico e as principais queixas e sintomas são: dor no ombro, inchaço (edema), dificuldade de movimentar o ombro e hematoma que em muitas vezes se espalha pelo peito.
Após a avaliação médica, o exame de Raio-X será solicitado. Para confirmar o diagnóstico.
Em casos mais complexos, pode ser feita uma tomografia computadorizada para definir qual é a melhor opção de tratamento e identificar todos os pontos da fratura e outras lesões associadas.
COMO É O TRATAMENTO DAS FRATURAS DO OMBRO ÚMERO PROXIMAL?
O tratamento deve ser individualizado, pois varia de acordo com o tipo de lesão, idade do paciente, nível de atividade e doenças associadas são importantes na decisão entre o tratamento cirúrgico e não cirúrgico.
Um dos critérios de indicação cirúrgica mais comuns é o desvio entre os fragmentos da fratura do ombro (desvios maiores que 1 cm ou uma angulação maior que 45 graus).
Tratamento Não-Cirúrgico
No tratamento não cirúrgico das fraturas do ombro são utilizados analgésicos, imobilização adequada e fisioterapia
Esta modalidade de tratamento é reservado para as fraturas pouco desviadas. É o tipo mais frequente, em torno de 80%. Os pacientes são imobilizados com uma tipoia por volta de 4 a 8 semanas a depender da cicatrização óssea (consolidação) que será avaliada através de radiografias seriadas a serem realizadas durante o acompanhamento, associadas a sessões de fisioterapia.
Tratamento cirúrgico
Nas fraturas com desvios significativos o tratamento deve ser orientado após a avaliação de vários fatores como a idade do paciente, qualidade ósseas, presença de doenças associadas, grau de atividade. O objetivo é fixar os fragmentos ósseos e estabilizá-los de modo a permitir uma movimentação e reabilitação precoce. Existem algumas maneiras de estabilização da fratura sendo a placa com parafusos bloqueados a mais utilizada atualmente. A haste intra-medular é outra maneira de fixação possível e vem sendo utilizada com maior frequência. Em pacientes muito idosos ou com qualidade óssea muito ruim, podemos não conseguir reconstruir e fixar adequadamente a fratura e temos que realizar a substituição do úmero proximal por uma prótese de ombro (artroplastia parcial ou artroplastia reversa do ombro)
QUAIS SÃO AS COMPLICAÇÕES DESTAS FRATURAS?
Entre as complicações mais frequentes temos a rigidez do ombro, consolidação viciosa (quando algum fragmento ósseo consolida em uma posição inadequada) e osteonecrose (infarto ósseo). Por isso antes de realizar o procedimento, é importante que o paciente converse bastante com seu médico e compreenda todo o processo.
No pós operatório é necessário o uso de tipóia, sendo o tempo variável conforme o grau de estabilização atingido no final da cirurgia e a evolução das radiografias controles. A reabilitação fisioterápica é de importância fundamental para restabelecer o movimento do ombro, recuperar a força e para ajudar no controle da dor.